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Palestra aborda venda de feijão ao Oriente Médio

Fórum Brasileiro do Feijão vai reunir desde produtores até pesquisadores na próxima semana em Foz do Iguaçu. Um dos temas será a abertura do mercado da região.

19 de Junho de 2015 Publicada as: 14h42

São Paulo – As exportações brasileiras de feijão ao Oriente Médio e Ásia serão tema de uma palestra no dia 25 na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. Ela fará parte das discussões do Fórum Brasileiro do Feijão 2015, que ocorrerá de 24 a 26 de junho no Hotel Recanto Cataratas, e será dada por Paulo Henrique Ribeiro de Aguiar, responsável pela originação e processamento do feijão para exportação da Cooperativa Agroindustrial Águas Frias (Coperaguas). A cooperativa vende para as duas regiões.

Aguiar foi convidado para palestrar justamente pela experiência da Coperaguas na área. O foco principal da explanação, porém, não será o trabalho da cooperativa. O objetivo será mostrar o potencial que o Brasil tem para produzir os feijões que o mundo consome. Aguiar lembra que o País cultiva principalmente o tipo carioca, que não tem demanda no exterior, e o preto, que tem em algumas áreas. Nem mesmo o caupi, que é exportado pela Cooperáguas, tem alta demanda no exterior.

“Podemos produzir o que o mundo compra”, afirma, lembrando que o Brasil possui clima, solo, temperaturas e altitude para produzir qualquer tipo de produto. A sugestão dele é que os produtores pesquisem o que cada país consome para que então as tecnologias, ou cultivares, sejam desenvolvidas e produzidas. Um dos tipos de feijões bastante consumidos no mundo é o Green Moong Dal (GMD), que no Brasil é comido como broto em alguns pratos.

Atualmente a produção de feijão está espalhada pelo Brasil, de acordo com Aguiar. O principal estado produtor é o Paraná, mas também há cultivo em regiões como Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o Brasil produziu no ano passado 3,43 milhões de toneladas de feijão e deve produzir 3,41 milhões toneladas neste ano. A exportação alcançou 51,7 mil toneladas de janeiro a maio deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 

O Fórum Brasileiro do Feijão será o primeiro espaço para encontro e discussão da cadeia, de acordo com o profissional da Cooperáguas. O objetivo do evento é reunir desde produtores até pesquisadores, fornecedores de sementes e insumos, varejistas, empacotadores, exportadores, importadores e consumidores. Aguiar afirma que a cadeia é nova na atual estrutura de produção em grandes quantidades e não tem o costume de se reunir. O Fórum é promovido pelo Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), que trabalha pelos interesses da cadeia produtiva do feijão.

A Coperaguas tem mais de dois mil associados, produtores que trabalham também com outras culturas, além do feijão. Este último é produzido no estado de Mato Grosso. A Coperaguas tem matriz em Águas Frias, município catarinense, e unidades nos municípios matogrossenses de Campos de Júlio e Sorriso. A cooperativa exporta mais de metade do que produz em feijão caupi para países como Índia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Tunísia, Paquistão, Indonésia e Vietnã.

Além da palestra “Exportação – Oriente Médio e Ásia abrem portas”, que será feita por Aguiar, serão discutidos no encontro em Foz do Iguaçu temas como feijão gourmet, comercialização do produto, produção de grão de bico no Cerrado, o mercado mundial do feijão, o seu consumo nas escolas, entre outras abordagens. A participação é paga.

Serviço

Fórum Brasileiro do Feijão 2015
De 24 a 26 de junho
Hotel Recanto Cataratas – Foz do Iguaçu – Paraná
Mais informações: http://www.forumfeijao.com.br/

Fonte: Agência de Notícias Brasil - Árabe

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